quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Dalva Silveira / Geraldo Vandré / Quem Lê o Quê * Antonio Cabral Filho - Rj

Professôra Dalva Silveira / Geraldo Vandré: A Vida Não Se Resume Em Festivais
A Vida Não Se Resume Em Festivais,
obra da Professora Dalva Silveira, da UFMG, sobre o guru das passeatas Geraldo Vandré. Quem não cantou "Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer!", marchando em caminhadas para transformar o Brasil? É melhor fazê-lo do que ficar na janela espiando a vida lá fora...
Como diz a própria obra,

“Geraldo não foi preso nem foi torturado. Mas para um cara como ele, se lhe tivessem arrancado três unhas, dado choques elétricos, teria sido menos grave do que a castração de seu espaço artístico. O exílio para Geraldo foi enlouquecedor. O Geraldo era fruto de uma vontade ferrenha de ser um artista popular, no sentido de reformular as expressões culturais do povo e entregá-las de volta. Deu a vida dele para isso, entregou-se totalmente à sua arte.”

(Depoimento de Nilce Tranjan, primeira esposa de Geraldo Vandré a revista MPB Compositores)

Geraldo Vandré é um mistério. Ganhador do primeiro lugar no II Festival de Música Popular da TV Excelsior, em 1966 com “Porta Estandarte”, parceria com o maestro Fernando Lona, até a consagração com o segundo lugar no III Festival Internacional da Canção, com “Pra não dizer que não falei das flores”, no qual Chico Buarque e Tom Jobim venceram embaixo da vaias com a belíssima “Sabiá”, também política, porém pela letra mais metaforizada, não teve entendimento do público. A perseguição e o exílio, depois a volta e o ostracismo, voltando a ser apenas o advogado Geraldo Pedrosa de Araújo Dias. Dono de uma sensibilidade humanamente artística, compôs canções para a MPB (ele nunca aceitou a posição de cantor de protesto) como “Disparada” parceria com Théo de Barros, empatada em primeiro lugar no II Festival de Música Popular Brasileira em 1966, com uma emocionante interpretação de Jair Rodrigues; antes, em 1965 havia composto a trilha sonora do filme “A hora e a vez de Augusto Matraga” , do diretor Roberto Santos, baseado num conto de Guimarães Rosa, Vandré fez história e desapareceu, deixando uma lacuna enorme no tempo e na história da nossa Música Popular Brasileira.

E justamente para suprir a falta de algo mais acessível ao público sobre o compositor, a escritora Dalva Silveira lançou pela Fino Traço Editora o livro “Geraldo Vandré – a vida não se resume em festivais”.

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